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sábado, 15 de janeiro de 2011

Histórias de Chico Goró - Sobre Solidão...

Saí para beber e espairecer um pouco. As ruas estavam encharcadas e o dia ainda não tinha sorrido,  o crepúsculo sim. Arrastando os pés pelas poças, vendo o reflexo das luzes dos postes público, acabei encontrando Xerém, um mendigo moribundo que sobrevive de trocados recebidos por guardar carros a noite. Ele olhou pra mim dizendo: - Posso guardar seu carro senhor? Sorri e segui adiante. Carro. Nem bicicleta eu tenho. Entrei no bar, “Bond Pub”, refúgio dos enveredados poetas, músicos e toda a escória cultural da cidade.  – Chileno! Chamei o dono do botequim. – Manda uma geladinha pra eu pensar melhor. A cerveja do Bond era a mais gelada da cidade. Por isso, quem apreciava e entendia do assunto baixava lá. O primeiro gole desceu sem fazer barulho. Acomodado, olhei ao redor sorvendo a atmosfera. Certamente minha mãe não se orgulharia de me ver ali.  Dane-se. Não me importo com isso também.
Mais tarde fiquei sabendo de um concurso poético que iria rolar depois das duas e meia da manhã. Peguei um guardanapo de papel e me debrucei sobre a mesa. Rabiscando algumas palavras terminei um poema que intitulei “Merda!”.
Depois das duas e pouco da madruga, como previsto, várias figuras ocuparam o palco. Lindas poesias foram recitadas ali. Cheguei a me emocionar ouvindo algumas delas. Foi quando de súbito Chileno me chamou ao pequeno palco no fundo do bar. Sem cerimônia subi os dois degraus e me postei perante a platéia apreensiva e ansiosa.
- Merda! Disse em alto e bom tom. - É o título.

A solidão é etérea.
Todos nós, em algum momento sentimos solidão.
Solidão de fé, solidão de carinho.
Solidão de amigos e por ficar sozinho.
Por isso na noite mais fria
Acenda uma grande fogueira
Por que a solidão é etérea
E provoca a cegueira
Sigo o caminho sozinho
Pois o fim nunca chega
Já não basta ter que colher os espinhos
Dessa pacata vida de merda.

Depois da poesia o silêncio do bar me tomou de assalto. Me olharam como um réu.
Que se dane! Pensei.
Voltei pra casa, mas fiz questão de passa por Xerém novamente. Gritei seu nome e lhe joguei uma moeda. – Valeu tiozinho! Ninguém chegou perto do seu carro não, belê. Apenas acenei com a cabeça e continuei meu trajeto pensando no que o moribundo havia me dito. Só sente solidão quem desfrutou de algum tipo de amor. Portanto, o amor é igual ao meu carro. Como o mendigo pode zelar por algo que não existe.

Um comentário:

  1. olha parabens por essa imagem realmente eh muito linda estava pesquisando algumas imagens no google e essa me chamou muito a atenção e fez com q eu lesse o conteudo aki escrito.. muito bom mais uma vez parabens

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