Percebo que nos últimos tempos o dinheiro se tornou a chave mestra, a peça principal, o sol pelo qual nós, pequeníssimos átomos vagantes pela terra, giramos ao seu entorno a procura de sucesso, conforto, status, etc.
Se me perguntarem hoje, qual o Deus mais cultuado do Mundo, minha resposta seria simples e direta: O Dinheiro.
Sim! Não me crucifiquem antes do tempo. Deixem-me explicar.
Hoje, se analisarmos friamente, deixando de fora o romantismo filosófico pelo qual a grande maioria de nós fomos educados e treinados, as religiões pregam, principalmente, um Deus misericordioso que nos trará, se seguirmos o caminho correto, conforto e paz de espírito. Ora! Todos nós sabemos que é abstruso e impraticável seguir todos os ensinamentos pregados pelas religiões. Não vou citar nenhum deles para não ferir a credulidade de alguns que por ventura venham a ler estas linhas. Também acredito ser desnecessário, basta puxar pela memória que virá a tona alguns deles quase que instantaneamente. O Dinheiro, por sua vez, é a garantia, sólida, instantânea e irrefutável de conforto e “paz de espírito”. Basta ganhá-lo! Sou consciente que isto também não é tarefa fácil, mas se conseguir pronto, seu caminho para chegar aos “céus” será no mínimo, muito mais tranqüilo, pra não dizer garantido, lembrando sempre: o que todos almejam é conforto, alguns chamam de paz, mas no fundo são quase a mesma coisa no que diz respeito ao pensamento humano e mundano que transita na maioria das mentes de hoje. Vejam! Não digo isso como manifestação de apoio a este fato, mas, sim, com um pensante que está apenas levantando uma idéia, ou defendendo uma tese. O bem material traz um conforto imediato, muito diferente do conforto espiritual que demora a ser conquistado, pra não dizer que na verdade “nunca” será definitivamente alcançado na existência terrena. Sinceramente, acredito que nem Gandhi conseguiu este feito. Não em vida.
O dinheiro é como uma droga alucinógena. Se hoje existem os “noias”, que são dependentes do crac, como nos classificariam as mentes mais elevadas, como Gandhi e Madre Tereza, por exemplo, ao presenciarem o tamanho apego e dependência que temos do dinheiro? Alguém se arrisca a nomear?
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