As músicas de hoje em dia são como as pessoas, habitantes deste insignificante planeta. Rasas e com pouco conteúdo. Sabem de tudo e não entendem nada. Entram na internet, invadem programas, descobrem senhas, mas não conseguem se entender com a própria família. É triste e incerto o futuro desse mundo. Acredito que teremos que nascer várias e várias vezes até evoluirmos para nos transformarmos em seres mais sensatos e humanos. Temo pelos nossos filhos, pois os valores estão invertidos, a educação transgredida e a razão posta a prova. Esquecemos-nos muito facilmente do passado, não temos enraizado em nosso caráter um sentimento muito antigo chamado “gratidão”, penso ser este o pai de todos os outros. Temo também pelo “amor”. Ele está a cada dia, ficando em segundo plano em nossas decisões, em nossos julgamentos e principalmente na lista de prioridades. Sim! Inconscientemente temos uma lista de prioridades. Arrumamos tempos para as que ficam no topo. Damos atenção e “prioridade” as que estão relacionadas no início da página. Você me perguntaria: Em que lugar esta o Amor? É claro que cada qual tem sua lista. Posso falar da minha e não serei hipócrita. Não está em primeiro lugar. Me esforço, tento, luto, mas as situações rotineiras o empurram para baixo. Por isso, peço desculpa a todos que, de certa forma deveriam ocupar os primeiros lugares na minha lista e que, por um motivo ou outro, não estão lá. Deveria e vou tentar mudar essa realidade, vou impulsionar o Amor e recoloca-lo em primeiro plano. Tenho um filho de três anos. É a criatura mais doce que já conheci e sabem por quê? Ele ainda não conhece as impurezas do mundo e deixa somente seu coração o guiar. Na faculdade de Musicoterapia, estava eu em uma aula de anatomofisiologia, quando a professora explicava sobre respiração. Achei maravilhoso quando ela disse:
- Se vocês quiserem saber como respirar corretamente, basta observar um bebê.
Realmente, a respiração é perfeita, toda concentrada no diafragma, sem movimentar um centímetro o peitoral. Depois, quando crescemos, adquirimos vícios e como na vida, deixamos de nos orientar pela natureza e passamos a seguir o pensamento do homem, apenas seguimos a multidão, e é por isso que o mundo é este.
Vou aprender mais com meu filho. Vou reestruturar minha lista. Vou seguir mais a voz do meu coração.
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