Muita gente vem me perguntando como fazer pra comprar um exemplar, quanto custa, o preço do frete, enfim, quanto ficaria o custo final para adquirir meu livro.

Tendo em vista essas dúvidas e mais ainda, o interesse dos leitores do Blog, resolvi criar a “LISTA DOS 20”. Como funciona essa lista?

As pessoas interessadas em comprar o livro poderão mandar um e-mail para lucas_botos@hotmail.com passando seu endereço e telefone. Quando o número de interessados chegar a 20 pessoas, fecharemos o grupo, ligaremos avisando e confirmando o pedido. Assim, encomendaremos para a editora 20 exemplares de uma só vez diminuindo o custo de impressão e frete.

Qual a vantagem?

O livro chegará à sua casa por apenas R$ 35,00.

Bacana não é? Então não deixe de mandar o e-mail e colocar seu nome na lista.


Clique no link abaixo e leia o primeiro capítulo do livro

terça-feira, 12 de junho de 2012

Salvando uma vida


Vinha pela estrada uma caravana de motociclistas fortes, bigodudos, em suas poderosas motos, quando de repente eles veem uma garota a ponto de saltar de uma ponte de um rio.
Eles param e o líder deles, particularmente corpulento e de aspecto rude, salta, se dirige a ela e pergunta:
— Que diabos você está fazendo?
— Vou suicidar. Responde suavemente a delicada garota com a voz cadenciada e ameaçando pular.
O motociclista pensa por alguns segundos e finalmente diz:
— Bom, antes de saltar, por que não me dá um beijo?
Ela acena com a cabeça, bota de lado os cabelos compridos encaracolados e dá um beijo longo e apaixonado na boca do motociclista parrudão.
Depois desta intensa experiência, a gangue de motoqueiros aplaude o líder que depois de recuperar o fôlego, alisa a barba e admite:
— Este foi o melhor beijo que me deram na vida. É um talento que se perderá caso você se suicide. Por que quer morrer?
— Meus pais não gostam que eu me vista de mulher!

Sexo bom e sexo ruim


Um casal de velhinhos que se casaram ainda muito jovens está sentado na porta de um asilo, quando a mulher se levanta e dá um tapa na cara de seu companheiro:
— Por que você fez isso? — perguntou o velho.
— Isso é por você ter me dado todos esses anos de sexo ruim! — respondeu a velha.
Passa-se 5 minutos, o velho se levanta e dá um tapa tão forte na velhinha que ela quase cai da cadeira.
— Por que você fez isso?
— Isso é por você saber a diferença entre sexo bom e sexo ruim!

sábado, 9 de junho de 2012

Chico Goró em: O Obelisco de Catanduva.


Caminhando pela Rua Brasil, logo após o Hotel Líder , me deparei com algo que chamou minha atenção. Um objeto alto, cumprido e pontiagudo que foi colocado bem no meio da rua. Muitos o chamam de obelisco, outro de monumento, eu o apelidei de Washingtonzinho, pois parece o filho daquele monumento situado nos EUA em memória a Washington.
Fiquei olhando pro Washingtonzinho e pensando. Porque cargas d’água alguém em sã consciência planta um troço desse aqui no meio da rua? Analisando melhor acho que acabei descobrindo o motivo. Motoristas desprevenidos, abobalhados ou chapados, poderiam descer a Rua Brasil e continuar na mesma direção, depois que a rua muda de mão e vice-versa.
Após resolver esse dilema que me tomou a manhã inteira, resolvi almoçar. Continuei subindo a Rua Brasil em busca de um bar ou lanchonete para comer um salgado e tomar uma cervejinha.
Quando cheguei perto da lanchonete 2001, encontrei meu amigo Manga. Todo sorridente ele veio me abraçar:
- Quanto tempo Chico! E ai! Qual é a boa?
Respondi sem muito entusiasmo:
- Nada de interessante. Hoje cedo fiquei olhando o obelisco da Rua Brasil por horas a fio.
Manga me olhou com espanto. – Você ficou olhando pra piroca gigante? Chico do céu após todos esses anos só agora eu descobri que você é gay e eu não sabia!
Aquilo me pegou de assalto. Eu? Gay? – Da onde você tirou isso Manga?
Calmamente ele foi me explicando.
- Um dia estava passando perto do tal obelisco e duas mulheres estavam conversando, gesticulando e apontando para o tal. Como não tinha nada de mais interessante pra fazer, me encostei no muro e assuntei as duas. Uma delas explicava sobre o obelisco, dizendo que era um símbolo fálico.
- Mas o que é isso? Perguntei ao Manga. Ele sorriu e me explicou:
- Fálico é pinto, só que dito mais elegantemente. Fiz cara de não entender onde aquela conversa iria chegar, então ele continuou:
- Quem, além de um viado, é capaz de ficar olhando uma manhã inteira pra um pintão, uma piroca gigante?
Lentamente suas palavras foram entrando em minha mente e fazendo sentido. Num acesso de raiva respondi a ofensa:
- E por acaso as duas senhoras que conversavam não eram sua vó e sua mãe? Manga fecho o semblante e reclamou:
- Não precisa colocar a família no meio da discussão. Dito isso, foi embora resmungando sozinho. Acho que peguei pesado com ele, pensei.
Comi um salgado e sai pela rua andando e refletindo. Esse negócio de arte é coisa de baitola mesmo, acho melhor eu me concentrar no violão e deixar essas esculturas pra quem realmente entende.
Voltando para a pensão, tornei  passar em frente ao maldito obelisco. Foi quando vi um cara observando atentamente a escultura. Parei ao seu lado e perguntei:
- O que você acho disso?
O homem me respondeu ainda olhando para o amontoado de concreto:
- Pra falar a verdade, até que achei bonito.
Pensei comigo, só tem uma maneira de descobrir se o Manga tem razão. Foi então que formulei a pergunta derradeira e definitiva que acabaria com qualquer dúvida:
- Por acaso você é cabeleireiro?
O homem me olhou com espanto e disse: - Sou sim! – E para finalizar, o cheque-mate:
- E torce pro São Paulo? – Mais sobressaltado ainda, o homem de boca aberta e olhos esbugalhados balançou a cabeça afirmativamente e perguntou:
- Como você sabe de tudo isso? – Apenas sorri girando nos calcanhares. Indo embora para a pensão pensei com meus botões. Não é que o safado do Manga tinha razão.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Por teu beijo


Impacientemente espero por teu beijo
Num anseio de algo que me nutra
Como leite ao recém chegado ao mundo
Como suicida achando a cura na cicuta

Te escolho feito egoísmo de criança
Como aquela que não brinca sem brinquedo
A espera me provoca medo e ânsia
Revelando ao clérigo meu segredo

O amor não é coisa que  se sente
É seda fina que se julga ser um trapo
Lhe dispo por completo em minha mente
E masturbo-me olhando seu retrato



Texto retirado das “Crônicas de um derrotado” de Saul Sotob

Versos Íntimos



Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Augusto dos Anjos

domingo, 3 de junho de 2012

Um veneno sem cura...


Tenho medo de sonhar, pois meus sonhos exigem empenho.
Como deixar essa vida fútil, mas correta, para sonhar com coisas estranhas e sem cabimento.
Amarrado a um compromisso infindável, onde as regras foram pré-ditas e os compromissos pré-afirmados mesmo antes do meu nascimento.
O que fazer? O que as pessoas esperam que eu faça?
Sufocado por um contrato com a vida, por um script ensaiado com o destino, sentenciado e julgado pelo próprio criador, sigo minha sina sem reclamar, sem me rebelar.
Um anjo dentro de mim pede-me a concentração e o ajuste, o demônio assopra ligeiramente ao meu ouvido, num vento tangencial querendo me tirar da direção que meus pais e seus antecessores trilharam muitas eras antes do meu parto.
Como um veneno sem cura, como uma página escrita a caneta, gravado no ventre enraizado do meu ser, esses mandamentos a qual fui submetido inundam meus pulmões de talco. Minha sensibilidade regressou, pois minhas asas foram podadas. Uma ópera sobre o fim se anuncia e o tenor escolhido, sou eu.

Texto retirado das “Crônicas de um derrotado” de Saul Sotob