Muita gente vem me perguntando como fazer pra comprar um exemplar, quanto custa, o preço do frete, enfim, quanto ficaria o custo final para adquirir meu livro.

Tendo em vista essas dúvidas e mais ainda, o interesse dos leitores do Blog, resolvi criar a “LISTA DOS 20”. Como funciona essa lista?

As pessoas interessadas em comprar o livro poderão mandar um e-mail para lucas_botos@hotmail.com passando seu endereço e telefone. Quando o número de interessados chegar a 20 pessoas, fecharemos o grupo, ligaremos avisando e confirmando o pedido. Assim, encomendaremos para a editora 20 exemplares de uma só vez diminuindo o custo de impressão e frete.

Qual a vantagem?

O livro chegará à sua casa por apenas R$ 35,00.

Bacana não é? Então não deixe de mandar o e-mail e colocar seu nome na lista.


Clique no link abaixo e leia o primeiro capítulo do livro

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Chico Goró em: Deus errou!!!


Hoje estava passando pela rua e vi um cão e uma cadela cruzando. É engraçado como o pudor se faz ausente nesses animais. Na realidade é ausente em todos os animais, há não ser, nos seres humanos. Dificilmente veremos um humano se acasalando naturalmente no meio da rua, como se fosse natural, como na verdade o é.
Voltei pra pensão, no intuito de buscar meu violão que na noite anterior, encerei com todo capricho.  Antes disso passei no bar pra tomar meu remedinho. Uma receita caseira pra resfriado que meu amigo Manga ensinou. Dois dedos de pinga com dois dedos de cinzano e meio limão espremido. Pra não omitir nenhum fato, o resfriado já passou há uns três anos, mas o remedinho foi tão “bão” que hoje eu tomo preventivamente, como vacina pra H1N1.
Depois de devidamente vacinado, fui embora mais forte do que nunca. Cheguei à pensão faminto.  Na cozinha me encontrei com Tião Sorriso. Sujeito de bem com a vida, sempre feliz, sorridente e totalmente da paz. Só que dessa vez encontrei-o caladão, sozinho num canto, amuado. Como de praxe, não me fiz de arrogado e gritei:
- Fala ai Tião! Solta aquele sorriso pra mim! Ele mal me olhou.  Me aproxime e me sentei na cadeira ao seu lado.
- O que aconteceu Tião? Nunca te vi assim. Ele me olhou e em tom de confessionário me disse:
- Transei com uma quenga um dia desse e agora a “mulé” não larga mais do meu pé. Eu tava meio “bebu“, e acabei trazendo ela pra pensão. De noite, falei juras de amor eterno, tudo no “calô” do momento. Agora eu não “guento” nem vê a cara da infeliz.
Fui até a geladeira, apanhei uma cerveja e mais dois copos. Enchi os dois e disse ao Tião:
- Não entendo nada de relacionamento. Pra te ser sincero nunca tive nenhum que durou mais de duas semanas. Mas sei observar a natureza e uma coisa eu te digo Tião. Deus errou.
Tião arregalou os olhos e fez o sinal da cruz. – Deus nunca erra Chico! Que prosa é essa? Retrucou.
- Mas dessa vez errou! Se me deixar explicar! Ele abanou a cabeça e estendeu a mão como se me desse passagem.
- Você já viu dois cachorros transando? Tião chacoalhou a cabeça afirmativamente. – Pois bem, depois que eles transam o que acontece? Tião sorrindo disse: Ficam engatados por um “bão” tempo. Me enchi de razão e afirmei com todo ar de meus pulmões. – Foi ai que Deus errou!
- Que blasfêmia “Homi”, num diga isso. Onde Deus errou em deixar os “cachorrinho” engatado?
- Ele não errou em deixar os cachorros engatados, -falei eu - na verdade ele devia fazer a mesma coisa com a gente. Tião não entendeu nada, deu mais um gole na cerveja e falou: - “Ocê” já ta bêbado e fica dando “trabaio pros otro”! Eu to aqui numa “agunia” danada e cê vem com esse papo mole!
-  Pense comigo Tião – falei com calma – Se você soubesse que ficaria engatado depois do sexo com aquela mocreia, mesmo assim você teria comido ela? – Tião abriu o velho e conhecido sorriso e disse: “Craro que não, se ta mais é loco”.
- Então! Dei um tapa nas costas dele, ergui o copo num último trago e disse já saindo:
- É disso que eu to falando Tião! Deus errou!

terça-feira, 20 de novembro de 2012


Nós somos uma espécie interessante. Uma mistura interessante. Somos capazes de sonhos tão lindos e de pesadelos terríveis. Sentimo-nos perdidos, sozinhos, mas não estamos. Procuramos a solidão quando não estamos bem, porém a única coisa que torna o vazio suportável é o contato.

sábado, 17 de novembro de 2012

Na fazenda de meu pai



Na fazenda de meu pai eu tinha tudo
Desde água pra beber,  frutas pra comer e flores pra enfeitar


De manhãzinha o sol cintila
Esquenta o corpo e o coração
As andorinhas me visitam
Mesmo não sendo verão


E quando o sol ergue no alto
Procuro a sombra da sirigüela
Descanso o dorso no seu troco
O sono vem e eu penso nela



Assim sonho com meu anjo
O vento beija o meu rosto
Sua brisa alisa meus cabelos
Já me sinto muito mais disposto

Na fazenda do meu pai
Trabalho até o entardecer
Quando as galinhas sobem as árvores
Dizendo a hora de recolher

Acendo o fogão de lenha
Meu pai chama pra entrar
Um café preto recém passado
Me oferece antes de cantar

Enquanto bebo escuto ele
Dedilhar o violão
De alegria canto e choro
Pois a fazenda de meu pai
Só existe de verdade
Na minha imaginação