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Esse aí é o Cinzano sorrindo (ou quase). |
Neste carnaval prometi pra mim mesmo que não ia beber. Saí pelas ruas vendo aquele movimento todo, as pessoas animadas, todos coloridos e sorridentes. Desci a rua a caminho da avenida. Já dava pra escutar o som, sim o samba ecoava pra tudo quanto que é lado. Coisa linda de se ver, ou melhor, de se ouvir. Fiquei pensado no carnaval. Parece que nessa época as pessoas ficam hipnotizadas, esquecem os problemas e nada mais existe além das músicas e do álcool. Bom, para esse humilde homem sobraram apenas as músicas, pois o álcool estava fora das minhas possibilidades devido a promessa. Encontrei uns amigos na avenida e brincamos a noite inteira. Sem um conhaquinho ou uma cervejinha tava difícil acompanhar a alegria e disposição dos meus parceiros, mas promessa é promessa e lá fui eu. Cinzano, um amigo de longa data batucava no peito. Manga o corintiano fanático, erguia as mãos e canta sua versão dos enredos. Olhe e pensei comigo mesmo: Como é ridícula essa coisa de carnaval. Bom, entre essas e outras, como diria minha amiga Mara Gabas, fui desfrutando a noite do meu jeito. Olhando as mulheres, rindo com as babaquices dos outros, enfim, tudo que um bom carnaval pode nos oferecer. Voltei pra pensão e antes de dormir peguei o violão. Toquei algumas músicas do Raul e poder dormir mais tranqüilo. No dia seguinte acordei com uma vontade de molhar o bico. Foi o segundo dia que fico sem beber na vida. Fui ao primeiro bar que encontrei aberto e pedi um conhaque. O dono do bar disse que era a primeira dose da garrafa e que sendo assim podia fazer um pedido. Fechei os olhos e desejei em pensamento. Agora é só esperar o ano que vem. Quem sabe ao invés de chover os quatro ou cinco dias de carnaval, fique sem energia elétrica e sem cerveja. Assim sem som e sem álcool, todos possam ver como essa história é uma tremenda idiotice. Mas, se o meu pedido não se realizar, de uma coisa eu tenho certeza. Nunca mais fico sem beber durante o carnaval.
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